Eis a realidade das coisas.
É certo que, nesta hora de caos, isto promove comoção a nível internacional; porém, a reflexão sobre as causas que levaram a extinção total do Museu Nacional não são o foco deste simples texto de blog de viagem e sim enfatizar as consequências.
Todos nós sofremos com esse desastre; e o estrangeiro sofre conosco; o sofrimento proviniente de não conhecer nossa raiz e parte da nossa história. Sua visita cultural ao Rio de Janeiro passa a ser incompleta. Mas, no nosso caso, abrigando o maior acervo da América Latina… Ah, essa é uma perda imensurável!
Além dos 200 anos de história, foi-se junto a geologia, paleontologia, botânica, antropologia, arqueologia e todas coleções científicas estudas e catalogadas totalizando mais de 20 milhões de itens.
Importante ressaltar que foi no Museu Nacional que a Imperatiz Leopoldina assinou , dia 2 de setembro de 1822, a Declaração da Independência. Ironia do destino ou não, lá também teve a primeira Assembleia Constituinte da República, isto é, decretando oficialmente o fim do Império.
Digo isto para enfatizar que nossa história foi escrita entre as paredes do palácio, sob o olhar e a proteção dos anjos¹. Desde Colônia à República. Se agora não temos um passado, não há o que esperar para o futuro.
Por isso falo e repito:
Não deixe de viajar, não deixe de visitar todos os lugares que deseja, pois nunca sabemos quando não vão estar mais lá.
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¹Analogia ao teto decorado com imagens de anjos.
Realmente uma perda irreparável. Choro pelas gerações futuras que não terão a oportunidade de usufruir de tanta história.
Verdade… :/
Fico triste toda vez que lembro do ocorrido. Inacreditável! 🙁
Muito triste mesmo!